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Quarup



2014-01-06

Em Quarup (1968), Antonio Callado inventou o protagonista-cabide. O padre Nando, inicialmente um aspirante a missionário na selva, depois mestre fornicador e finalmente “subversivo” perseguido pela ditadura, não é propriamente uma personagem, mas um gancho temporal em que se dependuram quadros descritivos da realidade brasileira. Quadros até bem realizados, mas cuja sucessão não chega a compor uma unidade que transcenda a discutível educação político-sentimental de Nando.

O escritor conheceu esses quadros na condição de repórter: a situação degradante dos índios da Amazônia e a ilusão revolucionária que atingiu o sertão de Pernambuco no primeiro governo Arraes. Uma pena que aspecto documental...

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Eloésio Paulo

Nasceu em Areado, Minas Gerais. Doutorou-se em Teoria e História Literária pela Unicamp em 2004. Publicou Questões abertas sobre ‘O alienista” (2020), Literatura e ideologia em dois romances dos anos 1970 (2014), Os 10 pecados de Paulo Coelho (2007) e Teatro às escuras (1998), além dos livros de poemas Primeiras palavras do mamute degelado (1990), Cogumelos do mais ou menos (2005), Inferno de bolso etc. (2007), Jornal para eremitas (2012), Homo hereticus (2013), Deuses em desuso (2016), O teu que é mais azul (2019), O amor é um assunto imbecil (2020) e Por que não vou a Sodoma (2022). Foi resenhista de O Estado de São PauloJornal da Tarde e O Globo. Em literatura infantil, publicou Parque de impressões – Anna sofia e a poesia sem querer (2010), O casamento da bruxa com Papai Noel e Poemas em olhês e orelhês (ambos em 2019). No site da revista Pessoa, escreve resenhas de romances dos séculos XIX e XX, que integrarão seu próximo livro, o Pequeno guia do romance brasileiro.




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