Entre os dias 17 de março e 8 de abril de 2016 a 3° edição do Printemps Littéraire Brésilien acolheu em Paris, Leiden, Berlim e Bolonha mais de 30 romancistas, ilustradores, poetas, dramaturgos, contistas, e cineastas. O evento contou também com a parceria de diversos atores do livro na França e no Brasil, dentro os quais a Revista Pessoa.
Sou professor de Literatura brasileira na Universidade da Sorbonne há quase 15 anos. Em 2014 criei o Printemps Littéraire Brésiliene para promover fora do Brasil o melhor de nossa produção literária contemporânea e ao mesmo tempo ampliar o repertório de meus estudantes inscritos nos cursos de português. Desde a escolha dos autores às mediações dos debates, passando pela leitura das obras e até à confecção dos programas, estudantes, escritores, professores, instituições culturais, editores, agentes literários atuam conjuntamente na realização dos encontros.
A ideia nunca foi a de simplesmente conformar as inúmeras reflexões que o Printemps suscita a um evento preso em um calendário. O diálogo que permeia nossos encontros deve e pode fluir em outras instâncias. Para dar corpo à essa proposta de continuidade, pedi aos participantes desta 3° edição que relatassem sob a forma de de uma crônica, ilustração, de um curto ensaio ou texto ficcional a sua experiência no Printemps e tentasse traduzir o significado de um encontro como esse que busca mobilizar o que há de mais importante no processo de criação artística: seus recursos humanos.
Todos aceitaram o desafio. Damos início à série com Mauricio Maluta Vieira.
De Santo André, São Paulo, Mauricio estudou na Universidade de Chicago e na Universidade de Miami. Autor dos livros de fotografia A Árvore e a Estrela (Pinakotheke, 2008), Angola Soul (Edição do Autor, 2011), e do livro de poesia Árvoressências (Editora de Cultura, 2014). Edita a revista digital de poesia Arvoressências (www.arvoressencias.com). Na 3° edição do Printemps Littéraire Brésilien participou da mesa "Ecritures poétiques" e realizou a exposição de fotografias Especiaria Intocada. Reside atualmente na França. Compartilha nesse espaço um poema visual.

