Um tempo raro, este,
em que se toma folha de árvore por lixo,
comoção coletiva por ação.
Tempo em que nos partimos entre isto ou aquilo,
como se entre essas pontas
não houvesse, pelo menos,
o isso.
Como se entre janeiro e dezembro,
não houvesse outras dez possibilidades de ressoar o tempo.
Entre eu e mim, como entre fevereiro e novembro,
Inumeráveis possíveis, onde tanto cabe; o outro, inclusive.
O outro, suas copiosas razões.
Entre janeiro e dezembro deste novo ano,
desejo a você tantos Outros,
na riqueza de folhear diferenças.