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Poema de gravidade



2017-01-23

Poemas inéditos de Dinha. Curadoria de Heloisa Jahn

Poema de gravidade


cresci

desafiando as leis

da gravidade


dos meus irmãos, da minha família,

de todos os conhecidos

corações

partidos


hoje

vou passar na minha pele

uma tinta de invisível

pra ficar só o cabelo

crescendo eternamente

ou até quando for preciso.



Capitão sem mato


Eu vi seus menino

fardado.

Descendo o sarrafo

no júnior.


Mas bem que

nas horas vagas

- bagaça -

sorriem e dão rolê com a esposa e os filhos.

Vêm TV, jogam mahjong

e até esquecem


os ossos

do ofício.



Intimação


Quem te disse que podia

ser soldada

nesta terra de ninguém invade?


Quem te disse que era tarde

poeira e desgaste

amanhecer sozinha

sem nem sol vindo de fora

pra te invadir cortina?


Eu te disse que era osso.

Neste reino de pescoço

amanhecer é uma batalha

sempre


íntima.



Terceiro poema recalcado


Pode vim com...

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Dinha
Dinha (Maria Nilda de Carvalho Mota) é aluna do curso de doutorado em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa da Universidade de São Paulo. Professora da rede municipal de ensino da cidade de São Paulo e editora do selo independente Me Parió Revolução, é autora dos livros de poesia: De passagem mas não a passeio (Global Editora, 2008); Onde escondemos o ouro (Edições Me Parió, 2013) e Zero a zero: 15 poemas contra o genocídio da população negra (Edições Me Parió, 2015).



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