Teremos sempre Florença, dirás. E quem sou eu para contradizer-te, se podemos ser, para sempre, dois sôfregos Botticellis lusitanos fantasiando primaveras? Dois happy few renascentistas, mestres da ilusão, ressuscitando memórias perdidas ou inventando-as, simplesmente. Sonhando-as em quartos de hotel forrados a damasco escarlate, com o vago aroma a alfazema dos velhos palazzi. Tudo come prima, come mai.
A room with a view ou apenas a room with you, que importa o resto. Só o nosso amor eterno, soando a impossibilidade operática. Sì, sì, ci voglio andare. E se l'amassi indarno, andrei sul ponte Vecchio, ma per buttarmi in Arno! E depois...