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Jorge, um brasileiro

Foto: Robson Hatsukami Morgan



2018-05-30

 

Jorge não é modelo de coisa nenhuma, a não ser de um apego maníaco ao trabalho e de um orgulho vicário pelo sucesso do patrão, que por sinal não está nem aí para ele.

Pense num Riobaldo caminhoneiro. Agora, pense num Riobaldo que não tenha grandes coisas a dizer: sem metafísica, sem experiência profunda dos eventos humanos, incapaz de amores inesquecíveis e de formular perguntas intrigantes. Aí está, pouco mais ou menos, Jorge, um brasileiro (1967), elogiadíssimo romance de Oswaldo França Júnior.

Para começar, por que “um brasileiro”? As desventuras do narrador não são propriamente exemplares da situação do brasileiro comum na época, com o país bem no centro da Guerra Fria, do ladinho do Vietnã. A não ser que se cave bem mais fundo na interpretação, caso em que talvez se possa encontrar o...

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Eloésio Paulo

Nasceu em Areado, Minas Gerais. Doutorou-se em Teoria e História Literária pela Unicamp em 2004. Publicou Questões abertas sobre ‘O alienista” (2020), Literatura e ideologia em dois romances dos anos 1970 (2014), Os 10 pecados de Paulo Coelho (2007) e Teatro às escuras (1998), além dos livros de poemas Primeiras palavras do mamute degelado (1990), Cogumelos do mais ou menos (2005), Inferno de bolso etc. (2007), Jornal para eremitas (2012), Homo hereticus (2013), Deuses em desuso (2016), O teu que é mais azul (2019), O amor é um assunto imbecil (2020) e Por que não vou a Sodoma (2022). Foi resenhista de O Estado de São PauloJornal da Tarde e O Globo. Em literatura infantil, publicou Parque de impressões – Anna sofia e a poesia sem querer (2010), O casamento da bruxa com Papai Noel e Poemas em olhês e orelhês (ambos em 2019). No site da revista Pessoa, escreve resenhas de romances dos séculos XIX e XX, que integrarão seu próximo livro, o Pequeno guia do romance brasileiro.




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