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Bocas que pronunciam o mundo

Foto: Flip 2018. Zedu Moreau



2018-08-02

 

As sociedades são organismos vivos que nascem, crescem e morrem. Mas na criação de um romance, o pensamento (que sobrevive após a morte) se une a tudo que era, antes, acessado apenas por teias da sensibilidade. Na literatura, a reflexão se apura na experiência individual da escrita e da leitura. Uma festa literária pavimenta, com pedras tortas, esse caminho de imortalidade. E o que era a lúcida loucura de Hilda se não o seu fôlego diante do impensável e seu desejo por utopias?

Recentemente passei pela rua onde a vereadora Marielle Franco foi assassinada, no Estácio, bairro da zona central do Rio. Estava com a minha filha de seis anos, que reparou nos grafites feitos no muro, relembrando seu rosto iluminado num colorido triste em meio ao concreto. Minha filha perguntou porque aquele desenho estava lá. Respondi que era uma homenagem porque ela havia feito muita coisa boa pela cidade e pelas pessoas. “Mas você já escreveu vários livros”, ela rebateu, dando a entender que sua mãe, a essa altura com lágrimas nos olhos, também merecia um retrato de muro, memória afetiva de...

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Carla Mühlhaus

Jornalista e escritora nascida no Rio de Janeiro. Já foi ghostwriter, mas nunca gostou do termo. Fantasmas não existem e costumam ser invisíveis. Hoje é escritora viva, autora de Nos vemos em Marduk (Patuá) e À sua espera (Dublinense), entre outros. Reside atualmente em Portugal. 




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