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O sexo dos anjos

Thomas Eakins - Sketch do quadro Swimming Hole



2018-11-28

 

Ensaio aborda o homoerotismo na contemporaneidade literária e desemboca em Cloro, romance do escritor e diplomata Alexandre Vidal Porto que tem como personagem principal um homossexual reprimido. O livro acaba de ser lançado pela Companhia das Letras

 

Na Antiguidade Clássica ocidental, a homossexualidade masculina era relativamente tolerada – sobretudo a relação transitória entre um homem mais velho e um rapaz, encarada como uma espécie de rito de passagem, tipo discípulo e mentor. A própria imagem estereotipada dos gregos como impávidos e marmóreos apolíneos – hum, não era bem assim. Caso contrário, os dicionários de hoje não incluiriam palavras como “androginia”, “afrodisíaco”, “erotismo”, “hermafroditismo”, “ninfomania”, “pederastia” e “zoofilia” – todas derivadas do grego e relacionadas com atividades que podem ser encontradas nas augustas páginas de Homero e Hesíodo. Sim: se havia Apolo e seus apolíneos, também havia Dionísios...

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Paulo Nogueira

Nasceu em São Paulo, mas morou na Europa (Portugal, Inglaterra e Noruega) mais de 20 anos, onde publicou oito romances e um volume de crônicas, e foi jornalista cultural. Voltou a viver no Brasil (São Paulo) em 2012, dando aulas de literatura e colaborando regularmente com várias publicações (“Piauí”, “Bravo”, “Época”, blog do Instituto Moreira Salles, etc.). Atualmente é crítico literário do Estadão, e está terminando seu nono romance, o primeiro escrito em solo brasileiro e a ser publicado originalmente por uma editora brasileira.




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