Após destemores, batalhas e conquistas,
o Bárbaro rendeu-se à solidão.
Em prantos, dirigiu o olhar ao Alto
Em busca de alento.
O Alto não se fez de rogado, deu a devida espiada,
Mostrou a cara de deus complacente,
Baixou os braços, recolheu o filho pródigo do carrossel em movimento.
De mãos dadas, saíram do parque,
o deus retocando as páginas de aventuras:
“bom dia”, “muito obrigado”, “seja bem-vindo”,
“me desculpe”, “faça o favor”, “será que poderia?”
O Bárbaro perguntou: – E a espada, o escudo, o grito?
O guerreiro que chega causando terror, todo mundo ajoelhado ao seu poder?
Como fica minha fantasia?
– Como toda fantasia, garoto.
Rodando num carrossel, largando-se ao vento...