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Sai, doentes do corpo e doentes dÂ’alma

Foto: Praia de Copacabana. Rio de Janeiro



2020-03-20

Me toca profundamente as expressões “pelo amplo dos mares”, “venerada mangueira” e “trouxe-os [os olhos da gentil madrugadora] ao depois”. Tenho para mim que a protagonista (uma náufraga, diga-se) estaria pronta para escrever ali um haicai, o primeiro haicai já escrito em solo brasileiro, mesmo que por uma personagem de ficção (uma náufraga de Copa-Cabana!).

 

Cartório

O ritual burocrático é reconhecidamente o ritual oficial de uma mudança. A mudança de volta para Copacabana exigiu que eu fizesse mais uma vez parte desse ritual. E o local indicado, como não poderia deixar de ser, foi o Ofício de Notas localizado na Rua Barata Ribeiro. Em outras palavras, tive que ir compulsoriamente ao cartório.

Já ambientado pela demora na fila no salão amplamente refrigerado, observo que senhora ao meu lado estende seus documentos para reconhecimento de firma ao senhor dentro do guichê. “Ai meu braço.” Reclama em franca dor, meio em sussurro, meio a espera da compaixão do funcionário....

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Mariano Marovatto

Mariano Marovatto nasceu no dia primeiro de abril de 1982, no Rio de Janeiro. Escreveu livros como Estirâncio (7Letras, 2019), Casa (7Letras, 2015) e Vinte e cinco poemas com Chico Alvim (Luna Parque, 2015), e gravou alguns discos, entre eles: Praia (Maravillha 8, 2013) e Selvagem (Embolacha, 2016). Como pesquisador e arquivista literário, foi responsável, entre outros trabalhos, pela organização do acervo do escritor e compositor Cacaso e pela pesquisa de inéditos e estabelecimento de texto da Poética de Ana Cristina Cesar. Recentemente organizou Os Fantasmas Inquilinos, antologia de poemas de Daniel Jonas (Todavia, 2019) e a versão em português de Silêncio de John Cage (Cobogó, no prelo). Doutor em literatura brasileira pela PUC-Rio, Mariano foi também apresentador e roteirista do programa musical Segue o som na TV Brasil entre 2009 e 2016. Toda a sua produção está disponível aqui




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