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Catsaridafobia

Nymphéas - Monet. Museu de arte moderna André Malraux, Le Havre, France. Reprodução



2020-09-02

O que salva? A arte e a literatura, que são os exercícios pelos quais conquistamos a alteridade, a noção do outro. Só que tem uma pegadinha. Não basta consumir arte e literatura. É preciso viver, não consumir. Ao olhar para os nenúfares do Monet, não basta entender o contexto, a técnica, a importância histórica. É preciso sentir o vento suave, o frescor da água, ver o movimento das folhas, ouvir os passarinhos. Para ver um Monet, é preciso fechar os olhos. O mesmo vale para Tolstói, Liszt, ou qualquer outro. É preciso viver a obra e não apenas conhecê-la porque isso lhe garante um status de intelectual.

 

Há uma dificuldade intrínseca em ser mulher, gay, gordo, negro, trans etc. A dificuldade é que precisamos provar a nossa existência diariamente. Vidas negras importam e, principalmente, existem. Nesse ponto, gosto mais do slogan We're here, we're queer. Você tem que ser respeitado e tem que respeitar qualquer existência, goste você ou não. Sabe por quê? Porque a sua opinião não importa. Digo mais: a sua opinião não importa a mínima. O outro existe, independententemente da sua vontade.

Sabe como chama quando um grupo tenta exterminar o outro, para que, justamente, deixe de existir? Fascismo. Então, se você acha que...

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Carolina Vigna

Carolina Vigna (1971) é professora doutora em Educação, Arte e História da Cultura. Atualmente pós-doutoranda em Letras. Autora de vários artigos teóricos e 5 livros infantojuvenis. Mais no site da autora. 




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