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Nau

O ano da morte de Ricardo Reis e os vinte centavos de 2013

Foto: Lisboa. Arquivo Fotográfico de Lisboa. Reprodução



2020-09-09

Porém, ao contrário de Ricardo Reis, que viaja a bordo do Highland Brigade, nós prosseguimos nesta NAU. Aliás, há quanto tempo estamos no mar, navegando contra a corrente? Mal comparando, enquanto a Europa viveu guerras extensamente noticiadas e rememoradas, aqui experenciamos guerras não declaradas e naturalizadas. Se incendeiam um ônibus na periferia, isto não é uma barricada?

 

1936, O ano da morte de Ricardo Reis, é um desses anos que não acabam: tempos em que o mar prepara uma tempestade, obstinado a destruir tudo a sua volta.

Para assistir ao “espetáculo” dessa tormenta, José Saramago embarca o heterônimo pessoano em um navio, de volta a Portugal, nos últimos dias de 1935 – cerca de um mês após a morte de seu criador. Assim, Ricardo Reis regressa do Brasil, onde se encontrava em autoexílio, e vive em Lisboa o ano de 1936, período no qual se passa a história desse que é um dos romances mais bem construídos por Saramago.

Do...

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Paula Fábrio

Nasceu em São Paulo, onde mora. É doutora em Literatura pela USP. Autora de Desnorteio (de 2012), romance vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura, e Um dia toparei comigo (de 2015), livro finalista do mesmo prêmio. No corredor dos cobogós (Edições SM) é sua primeira obra juvenil.

 

 




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