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Um livro ante a dormência do presente

Foto: recorte da capa do livro. Reprodução



2020-10-05

O poeta adota uma postura corajosa e arriscada de colocar-se frente a catástrofe, na beira entre sucumbir e exercer a vitalidade em sua forma mais radical. É um livro-vertigem, um livro-tontura habitando a divisa entre morte/vida; melancolia/euforia; desastre/sonho. Não se trata de negar o horror, mas jogar com ele, ensaiar alguma dança possível, “e jamais conforme a música”.

 

Se ainda nos cabe falar em geração, não é novidade que a nossa não vai lá muito bem. Nosso tempo tem sido definido por um estado constante de desconfiança, inadequação e melancolia. Sequer soubemos fazer o luto do século XX; menos ainda elaborar as perguntas do presente. No caso do Brasil, qualquer perspectiva de futuro parece ainda mais distante. A pátria tem sido “um destino da nossa tristeza”, como ecoa um dos versos do novo livro de Marcelo Reis de Mello. Não à toa, nós, brasileiros, somos os maiores consumidores de Rivotril deste planeta. Rendidos à anestesia dos ansiolíticos...

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Pollyana Quintella

É curadora, professora e pesquisadora independente. Formada em História da Arte pela UFRJ, é mestre em Arte e Cultura Contemporânea pela UERJ, com pesquisa sobre o crítico Mário Pedrosa. Colaborou com pesquisa e curadoria para o Museu de Arte do Rio (MAR), entre 2018 e 2020, e escreve para diversos jornais e revistas de cultura. É curadora adjunta da exposição FARSA - Língua, Fratura, Ficção: Brasil-Portugal, prevista para inaugurar este ano no Sesc Pompeia.  




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