"Descrente da solidão inocente dos criadores", o poeta brasileiro Antonio Martinelli vai convidar mensalmente poetas da língua portuguesa "para um diálogo como reação à criação, travado no afeto". Ele, que entende a poesia como sistema vivo, partirá de poemas que o levaram - como leitor - ao desejo de resposta à escrita de outras, outres e outros poetas. Uma espécie de meditação provocada, a partir da voz de outro poema, que primeiro contempla, depois rumina, depois cogita e ensaia, até que um outro poema brote.
"Sem querer ser reflexo, sem querer ser espelho", a ideia, segundo ele, é simples: "a coluna não pretende fazer decalques, exercícios de superposição nem investigar influências...