O meu pai era um colecionador.
De coisas e de memórias.
Talvez porque apenas o tenha conhecido na fase complicada da sua vida, sempre o ouvi falar do passado com nostalgia. No entanto, sei que sempre colecionou objetos. Desde menino, segundo a minha avó, apanhava pedrinhas e trazia-as todas para casa.
Não começava uma coleção pelo seu valor monetário. Gostava apenas de colecionar: pedras e selos nos anos 60, autocolantes políticos nos anos 70, bilhetes de concertos nos anos 80, CDs e DVDs nos anos 90, canetas, revistas, moedas e livros (que faziam parte daquelas coleções organizadas pelos jornais) nos anos 2000.
Foi também...