Recentemente, tive o prazer de publicar na coluna "A Fresta", que mantenho no site da editora Sobinfluência, uma reflexão em duas partes e de grande altitude realizada por Daniel Liberalino sobre o infinito, classicamente intitulada “Sobre o infinito”.
Diante de elaborações pouco ortodoxas porém decididamente rigorosas como esta de Daniel e do aberrante vazio que enfrentam, o qual aumenta como uma sombra à medida que se eleva e aprofunda a sua sensibilidade, há um bom tempo tenho me perguntado como contribuir para uma recepção vigorosa e assim dar passagem ao acontecimento que elas instauram.
É por isso que agradeço a Mirna Queiroz e aos demais responsáveis pela Revista Pessoa, assim como ao Zuca Sardan, Schadchen desta parceria, pelo espaço que se abre hoje e aqui com esta minha primeira publicação na revista. Assim, convido-lhes a acompanhar-me ao longo de um passeio pelo e rumo ao desconhecido. A meus olhos, é assim que a vida se eleva ao longo do caminho.
PARTE I
(...) o próprio infinito é um trambique matemático.
Daniel Liberalino em “Sobre o infinito”.
Em “Sobre o infinito”, o professor-doutor em filosofia Daniel Liberalino nos apresenta à “prova de um eletrodoméstico transfinito”, para em seguida, na segunda parte de seu escrito, conduzir-nos ao longo de suas “considerações sobre a heterodoxia do frevo teutônico”. Transitando pelos caminhos da ao mesmo tempo erudita e popular reflexão elaborada por Daniel sobre este conceito vertiginoso, avisto que o caráter transfinito de um eletrodoméstico, como apresentado por ele no desenho que...