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A paixão segundo G.H.



2014-10-08

Há muitas maneiras de ler A paixão segundo G.H. (1964), nenhuma delas necessariamente sendo a correta. Uma, bastante habitual, é considerá-lo como romance. Afinal, a obra-prima de Clarice Lispector narra um episódio.

É verdade que o narra parca e relutantemente. Mas isso apenas emblematiza a, por assim dizer, imporosidade do tema. G.H., a narradora, luta com a linguagem para dar conta do indizível. Não aquele da poesia simbolista, mas a qualidade de ser verbalmente intraduzível de uma experiência radical, o desvelamento da falta de substância do ego, vizinho de certas posições existenciais lastreadas na religião (Benedito Nunes, por exemplo, atribuiu ao...

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Eloésio Paulo

Nasceu em Areado, Minas Gerais. Doutorou-se em Teoria e História Literária pela Unicamp em 2004. Publicou Questões abertas sobre ‘O alienista” (2020), Literatura e ideologia em dois romances dos anos 1970 (2014), Os 10 pecados de Paulo Coelho (2007) e Teatro às escuras (1998), além dos livros de poemas Primeiras palavras do mamute degelado (1990), Cogumelos do mais ou menos (2005), Inferno de bolso etc. (2007), Jornal para eremitas (2012), Homo hereticus (2013), Deuses em desuso (2016), O teu que é mais azul (2019), O amor é um assunto imbecil (2020) e Por que não vou a Sodoma (2022). Foi resenhista de O Estado de São PauloJornal da Tarde e O Globo. Em literatura infantil, publicou Parque de impressões – Anna sofia e a poesia sem querer (2010), O casamento da bruxa com Papai Noel e Poemas em olhês e orelhês (ambos em 2019). No site da revista Pessoa, escreve resenhas de romances dos séculos XIX e XX, que integrarão seu próximo livro, o Pequeno guia do romance brasileiro.




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