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O menino



2014-07-23

Num domingo à tarde, um menino que estava indo ao cinema ouviu vozes atrás de si. Ouviu também risos. Mas não viu ninguém na rua! O mundo parecia estar fazendo a sesta!

Nas calçadas não havia árvores, mas os quintais, de ambos os lados, eram aprazíveis e arborizados. O menino havia se mudado há pouco tempo para aquele bairro e era a primeira vez que saía sozinho de casa.

Ele olhou para o céu claro, pois teve a impressão de que um avião se aproximava dele cheio de crianças falando e rindo. Mas não viu nada no céu. Nem um urubu. Nem...

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Sérgio Medeiros

É poeta, artista visual, ensaísta e professor. Publicou, entre outros livros de poesia verbal e verbo-visual, O sexo vegetal (já traduzido para o inglês), Totens, Trio pagão e John Cage no hemisfério sul: uma biografia. Seu ensaio A formiga-leão e outros animais na Guerra do Paraguai discute a escrita inumana, um tema que pesquisa há vários anos e que o levou a traduzir para o português, com o scholar inglês Gordon Brotherston, o Popol Vuh, poema épico maia no qual a prosopopeia (a fala dos deuses, dos animais e das coisas) é fundamental. Seu livro Caligrafias ameríndias recria a escrita vegetal em todos os poemas, tomando como referência o movimento das palmas da mítica Pindorama, a Terra das Palmeiras. Influenciado pela escrita assêmica (ou fantasiosa) de Jerônimo Tsawé, calígrafo e narrador xavante com quem conviveu nos anos 1990, dedica-se atualmente a criar “massas nebulosas”, um tipo de poesia que reúne diagramas, imagens, glifos, letras e frases.




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