Quando lançou seu livro de poemas, “Primeiro as coisas morrem”, em 2004, aos 24 anos, o cearense Diego Vinhas foi apontado por uma parcela da crítica e de outros poetas brasileiros – e falar da produção da poesia, ou da prosa, ou de uma literatura feita nessa enormidade de país, é sempre falar de um recorte, parcela, fragmento -, como a grande promessa, a grande revelação que se colocava, então, dentro de um cenário difícil, mas extenso, uma grande aposta. Em verdade, há sempre um interesse e animação e curiosidade por uma produção que aponte certo frescor, talvez com uma permanente perspectiva moderna da inclinação para uma renovação, uma transformação do verso. Talvez por mostrar uma possibilidade de se constatar um interesse renovado pela poesia, que atravessa o tempo, tal qual um encanto e satisfação. Talvez pelo gosto da descoberta, do experimento do olhar e leitura sobre a obra de quem chega, quem vem, virá. Talvez por tudo isso. E...